sábado, 26 de dezembro de 2015

Te Perdi. Te Pedi.

A quem possa interessar,

Eu queria saber qual foi o exato momento que eu te perdi. Eu olho pra traz e parece que de uma hora para outra (BUMM!) você não era mais meu. Eu queria saber quando foi que o ciúmes bobo que adorava fazer parou de significar me deixar irritada e te querendo mais. Quando foi que pegar caronas ou voltar a pé pra casa, caminhar nada mais nada menos que 2.7km juntos deixou de ser agradável e passou a ser uma obrigação. Ainda pior, queria saber o exato momento que te perdi pra minha melhor amiga. Não me importa que seja ela, poderia ser qualquer outra mulher no mundo. Eu não queria ter te pedido. Não queria ter te perdido.

Quando foi que eu parei de ser assunto na suas rodas de amigos? Amigos seus, os quais sempre vinham me falar da sua louca paixão por como eu arrumava meu cabelo ou me vestia, como eu falava ou meu senso de humor. Queria saber qual foi o exato momento que eu fui sem saber ao funeral desse sentimento, quando eu te perdi. 

Um filósofo em pedaços

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Alienada

Ela ouve Clarice Falcão e Chico Buarque
Qualquer música suave ou com juras de amor
Qualquer coisa que lhe acaricie a alma
Ou afaste o ardor da paixão mal vivida

Ela sente a música vibrando em seu pulmão
E ao som de Mallu Magalhães ela dança
E se toca Tiago Iorc ela se cansa
Sem ar, sai pra dançar porque é bom

Ela não precisa de motivos para sorrir
Ela só enxerga a um palmo do chão
Talvez seja seu maior defeito
Desde que quebraram seu coração

Um quase soneto para um quase amor

E com sua dança
Ele me encanta
Ao som de boa música
Quem sabe o bom e velho rock n' roll

E se não fosse ou bom ou velho
Nosso amor
Nada seria
Apenas melodia

E talvez em minha mente
Ainda dance alegremente
Segurando minha mão

Mas de nada me serviria
Tal fantasia
Se não tenho seu coração

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Ou Eu

Ela é prosa.
Eu, poesia.
Ela é música.
Eu, melodia.
Ela é ação.
Eu, pensamento.
Ela é Lua.
Eu, Saturno.

E das formas de amor
Escolhi as mais agudas.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Olhos, boca, braços.

Eu tentei dizer não. Eu tentei não olhar nos seus olhos. Eu falhei. La estavam eles chamando os meus. Analisando cada movimento como se fosse capaz de deduzir qualquer coisa boba a partir deles. Não foram necessárias muitas palavras, você sabe meu ponto fraco. Seus olhos, sua boca.
Seus olhos. E como a cor deles muda quando você olha pra mim, e como meus olhar muda, tudo ao redor é preto e branco, tons de cinza, mas seus olhos continuam verdes, como sempre foram, e foram a única coisa que não entendo, que não esqueço, por mais que eu tente.
Sua boca. Você sabia exatamente como eu me sentiria quando me mandou procurar seu sorriso hoje. Encostei no canto da sua boca em resposta. É naquele canto que o esconde, e só eu sei onde encontra-lo, mesmo que muitas vezes eu não possa liberta-lo.
E com seus braços ao meu redor, me pede um sorriso espontâneo, foi essa a palavra que usou. Como eu poderia ser espontânea quando me encontro nos braços de quem não posso ter, de quem não consigo esquecer, do abraço que não posso sair?

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Queria Amar Você

A quem possa interessar,
Alguns definem paixão como o estado mais intenso do amor, eu a defino como o estado cego.  Não se trata de um sentimento, mas de uma euforia que acompanha um afeto, emoção fraca, fazendo com que você tenha uma visão distorcida do que é o amor.
É a paixão que te faz querer e com sorte ela se tornará amor, mas quando ela passa, vai embora, quando aquilo que antes era do tamanho do mundo se transforma em algo que não chega nem perto do tamanho do meu coração, o ex-apaixonado é deixado vazio, porque a paixão consome. Existem ex-paixões, mas nunca um ex-amor, o amor é forte demais para te abandonar, o amor não te consome, ele te preenche, o amor não se vai. O amor não se vai, e as vezes isso se torna um problema, por mais que você queria controla-lo, é impossível.
Se você me perguntar respondo sem duvidas que sou completamente apaixonada por você e falo sem medo de estar errada, pois sei que não posso considera-lo como um sentimento, apenas como uma emoção, passageira, temporária.
E talvez amanhã ela evapore de mim e se ela deixar algum amor para preencher o que consumiu, te quero para sempre, mas se me deixar sem nada, saiba que já te quis dentro do meu próprio infinito que então se tornaria vácuo, porque eu queria muito amar você.

Um Filósofo em Pedaços

terça-feira, 12 de maio de 2015

Para uma Flor

A quem possa interessar,

Desculpo-me se às vezes eu não sou clara, é que você me deixa confortável e eu não sou acostumada com o confortável. E buscando em milhões de palavras achei a perfeita pra expressar o que somos, somos sinceros e isso basta. Mas colocar em um texto tudo o que acho é algo meio impossível, uma vez que nem eu mesma sei o que penso e eu não posso fingir que está tudo bem em relação a isto. Recuso-me a negar a realidade.
E se eu tivesse que apontar um clone meu no mundo, certamente seria você. Com a mesma quantidade de besteira no cérebro que de água no mar. Mas é justamente essa bobice que nos faz especial, porque somos assim e pra mim é único. E o tempo não é problema e nem o que acontece, porque de uma forma ou de outra a gente se vira. E eu me preocupo com você, e eu não sei por que, não sei mesmo, pra mim também é certo que você sabe se virar. Desculpe afirmar tanto, sem qualquer certeza, eu não tenho a intenção de fazer nada errado, é complicado.


É complicado, toda a pressão que sofro. É complicado, incerto, desculpe.


Desculpo-me se às vezes eu não sou clara, é que você me deixa confortável e eu não sou acostumada com o confortável. Eu não preciso de uma resposta a isto, de verdade. Sinta-se a vontade para ler e continuar andando, no mesmo passo que sempre andou, e me levando nas costas, porque é bom, porque é confortável.


Um filósofo em pedaços